
Saldo da Semana: Não foi uma coisa que se diga ‘nuuuuoooossa, que apetite ao risco!’. Mas, depois de 13 quedas consecutivas, bem melhor pingar do que faltar. A explicação para a primeira alta da bolsa em agosto é simplória e uma só: tudo que cai… sobe. O noticiário ajudou, sendo melhor notícia do dia a falta de novidades sobre EUA e China
Não foi uma coisa que se diga “nuuuuoooossa, sextou, uau, que apetite ao risco!”. Mas, depois de 13 quedas consecutivas, na maior série de perdas da bolsa nacional, bem melhor pingar do que faltar. E a semana terminou, portanto, com a primeira alta de agosto.
O Ibovespa, principal índice nacional, subiu 0,37% nesta sexta-feira (18), a 115.409 pontos. A sangria lenta de agosto foi estancada em 5,36%. Na semana, queda de 2,25%. No ano, restam ganhos de 5,17% até aqui.
Renda variável… varia. E, enfim, variou para cima a bolsa. Lá fora, as razões para fugir de risco seguem colocadas. Mas, no curto prazo do Brasil, a Selic já caiu e vai cair mais. Ou seja, a realização de lucros de estrangeiros é oportunidade para investidores locais caçarem descontos enquanto migram da renda fixa. Neste dia de noticiário e giro financeiro internacional esvaziado, o apetite local por risco – que tem sido presente, mas ocultado – acabou prevalecendo no rumo dos ativos.
Dia sim, outro também, quantias em bolsa vão sendo drenadas pelos rendimentos dos títulos americanos, nas máximas de década e meia. O motivo? As duas maiores economias do mundo. Nos Estados Unidos, fora um inusitado risco fiscal, há perspectiva seja de juros ainda mais altos, seja onde estão por mais tempo, seja as duas coisas. Na China, onde o setor imobiliário parece à beira do abismo, o sonhado crescimento de 2023 não vai se convertendo em realidade.

