O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) interditou eticamente, nesta quinta-feira (18/01), a área médica que atua na maternidade e no bloco cirúrgico do Hospital Materno Infantil João Marsicano, em Bayeux.
De acordo com o presidente do CRM-PB, Bruno Leandro de Souza, a interdição se deve a falta de médicos e problemas estruturais na unidade.
De acordo com o diretor geral do hospital, Demócrito Medeiros, os problemas na escala aconteceram por causa da ausência de profissionais por questões de saúde e de foro íntimo dos médicos. “Ficamos com esse déficit de dois dias na escala, a segunda-feira e a sexta-feira, e também um furo na escala do domingo”, explicou.
Ainda de acordo com Demócrito, o problema foi resolvido na quarta-feira, e demorou além do prazo dado pelo CRM-PB por causa do pedido de demissão do diretor técnico da unidade, na terça-feira. “Ainda nesta quinta estarei levando as escalas para o CRM-PB, para mostrar que fizemos as adequações necessárias”, disse.
Segundo o Conselho, após uma inspeção feita na segunda-feira (15/01), foi constatado que a unidade estava sem médicos obstetras e anestesistas. O problema, segundo o órgão, acontece desde novembro de 2023. A prefeitura de Bayeux chegou a contratar uma empresa terceirizada para suprir a deficiência, mas o problema não foi resolvido e, com isso, estavam faltando médicos para os plantões.
Um prazo de 72 horas a partir de segunda-feira foi dado para que o problema fosse sanado. Como a situação não foi resolvida, O CRM-PB resolveu interditar a maternidade e o bloco cirúrgico da unidade, a partir da 0h desta quarta-feira.
Apesar da interdição em alguns setores, o hospital continua a funcionar, isso porque, segundo Bruno, a interdição é parcial para o centro obstétrico, e a parte do atendimento clínico à população se mantém. A duração da interdição depende das providências a serem adotadas, e não pode superar o prazo de 60 dias. Porém, esse prazo pode ser prorrogado enquanto não forem adotadas as medidas necessárias para a resolução do problema.
Fonte: https://www.portaldacapital.com


