Entendimento é que, diante no clima da Casa, o governo necessita de um cuidado maior com a pauta para evitar temas que possam mobilizar os bolsonaristas e reaglutinar esse grupo.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva trabalha para apaziguar e ao mesmo evitar ser atingido pela disputa entre Senado e o Supremo Tribunal Federal (STF), que teve o seu ponto mais alto nesta semana com o avanço do projeto que impõe limites às decisões dos ministros da Corte.
De acordo com um ministro de Lula, a ordem é “serenar os ânimos e colocar a bola no chão” para evitar que a crise aumente. No entendimento desse integrante do governo, os recados já foram dados com a aprovação do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A avaliação no Planalto é que o senador Davi Alcolumbre (União-AP), de olho na sucessão do presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tenta fazer gestos em direção aos parlamentares de oposição ao se colocar contra o Supremo. O objetivo seria evitar que os senadores ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro lancem um candidato na disputa pelo comando da Casa em 2025.
No começo deste ano, Pacheco enfrentou Rogério Marinho (PL-RN), que teve o apoio dos senadores bolsonaristas. O placar foi 49 a 32 para o atual presidente.
O entendimento é que diante no clima da Casa o governo necessita de um cuidado maior com a pauta para evitar temas que possam mobilizar os bolsonaristas e reaglutinar esse grupo.


