Quatro militares e um policial federal foram presos na terça-feira (19) suspeitos de planejar a morte, em 2022, de Lula (PT), Alckmin (PSB), e Moraes, do STF. Segundo a PF, ideia foi discutida na residência de Braga Netto, um dos nomes mais fortes do governo anterior. Entorno de Bolsonaro tem ordem expressa para negar qualquer envolvimento, e militares lembram que ex-presidente “não carrega feridos”.
Integrantes da Polícia Federal avaliam que Mauro Cid, ex-braço-direito de Jair Bolsonaro (PL), tem blindado o general da reserva Braga Netto, que é tratado pela corporação como peça central da trama golpista para manter o ex-presidente no poder.
Investigadores avaliam que Cid tem dificuldade em revelar o que sabe sobre Braga Netto, em razão da deferência ao ex-ministro, por conta da hierarquia militar.
Braga Netto foi um dos nomes mais fortes do governo Bolsonaro – foi ministro da Defesa e ministro-chefe da Casa Civil e candidato a vice na chapa derrotada de 2022.
Na terça-feira (19), a PF deflagrou a operação Contragolpe, que prendeu 4 militares e um policial federal suspeitos de planejarem o assassinato de Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no final de 2022, a fim de manter Bolsonaro no poder mesmo com a derrota nas urnas.
No documento em que pediu ao STF a prisão dos 5, a PF relatou que Braga Netto participou de uma reunião – feita em sua própria casa em 12 de novembro de 2022 – de planejamento das mortes. Participaram dela o general Mauro Cid, ajudante-de-ordens de Bolsonaro, e os majores Hélio Ferreira Lima e Rafael de Oliveira, presos na terça.
Fonte: https://g1.globo.com/


